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Ah! O amor!

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Ah...O Amor!

 

“O amor é como um sonho de padaria,

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Você pode até comer sem sujar as mãos,

Mas com certeza sujará a boca de açúcar.”

                              (Tokio, 2021)

 

 

 

Se perguntarmos a uma criança o que é o amor, talvez nos surpreendamos.

Dentro do seu rico e lúdico universo de ideias, ela provavelmente lhe dará respostas simples como: “Amor é quando a mamãe me coloca pra nanar com um beijinho...” ou ainda: “Amor é quando eu vou na casa da vovó e ela faz pão doce pra mim.”

Em toda a inocência da criança, encontramos o que há de mais fascinante: a capacidade de conversão de algo extremamente complexo na mais profunda e significativa simplicidade.

Eu até entendo que você possa discordar deste conceito. Afinal, uma resposta assim, seria de fácil elaboração, não é mesmo?

Vejamos...

Quando examinamos a história, encontramos indícios de que, de fato, os maiores desafios da humanidade, consistiram em trazer a facilitação das coisas, ou melhor, a simplificação dos mecanismos. Desde a descoberta do fogo aos protótipos de Tesla, me parece clara esta motivação.

Mas pensar apenas em ações do cotidiano, soa de forma muito superficial. Quero juntamente com você, construir algumas reflexões.

Começo trazendo a frase de Steve Jobs. Ele, um notório homem cuja inteligência foi manifesta através da elaboração de dispositivos práticos, concluiu: “O simples pode ser mais difícil do que o complexo; é preciso trabalhar duro para limpar seus pensamentos de forma a torná-los simples.”

Imagino que você agora esteja um pouco reticente...Talvez um pouco resistente em concordar comigo.

Sendo assim, continuo tendo motivos para prosseguir com o tema.

O amor é um substantivo comum. Sim, embora denote um sentimento, e por tal motivo se configure com teor abstrato; perde tal característica quando é transformado em verbo.

Bem, temos aqui algo interessante: Algo extremamente abstrato ao exercer uma ação, se converte em prático e palpável.

Embora estejamos falando do verbo amar, este em sua própria passividade, roga por implemento.

Me contrapondo ao querido Mario de Andrade, note que ele avidamente se referiu ao "amar" como verbo intransitivo, digo agnamente que, por se tratar de verbo transitivo direto, necessita de complemento.

Desta forma, desnudo através desta conclusão, a intenção e poesia deste texto, posto que, quem ama, ama alguma coisa ou alguém. Além disso, por se tratar de ação, amar é uma escolha.

Spinoza em sua obra Ética de 1677, afirma: “Vemos, além disso que, aquele que ama esforça-se necessariamente, por ter presente e conservar a coisa que ama [...]” (Spinoza, B; 1677).

Partindo do pressuposto de Spinoza, faço algumas considerações: o verbo amar, bem como nós, não consegue operar sozinho. Assim, o "amar" de Spinoza, segue acompanhado dos verbos: esforçar, ter e conservar.

Considero que embora o meu exemplo trate de um conceito, elaborado em 1677, o teor de sua essência é atemporal. O verbo amar pode assumir as mais variadas formas e acompanhar os mais loucos ou ternos movimentos.

Eu por exemplo, adoro a irreverência do Frejat que em sua canção: "Por você", afirma que: “por amar poderia limpar os trilhos do metrô ou dançar tango no teto”... Ou a canção dos Tribalistas que atribui ao amor o título de “seu melhor amigo”.

Também existe aquele amor que cuida, renova, refaz a autoestima e a vontade de viver; como expressa na canção: “You Make Me Feel Brand New” do grupo The Stylistics (1974).

Creio que enfim, chegamos a sublime mágica do amor.

Em qualquer idade, língua, época ou circunstância, sua manifestação se dará por escolhas, por ações e, porque não dizer, por uma autorredenção ao sentido da vida. Ele, é o único capaz de motivar, alegrar, inspirar, realizar e curar; tudo ao mesmo tempo.

Ele é a definição da própria vida e o único capaz de realizar os desejos mais íntimos de cada um.

Caminho para o final deste texto questionando mais uma vez a você querido leitor: Você realmente acredita que as respostas das nossas  crianças são dotadas de simplicidade?

O nosso Criador, há mais de 2000 anos, assertivamente nos ensinou que o reino dos céus era das crianças. Seria porque em suas inocências residem as mais complexas respostas? Talvez.

De qualquer forma, encerro hoje, com o meu versículo bíblico preferido, contido em I João 4:7b:

“Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.”

 

Com Amor.

Dra. Cintia

Comentários:

Dra. Cintia Tokio

Publicado por:

Dra. Cintia Tokio

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