O foco deste artigo será a atual conjuntura política brasileira e suas alianças, porém, para elucidar bem esse pensamento, remontaremos ao final do Século XVIII. Serão feitas algumas idas e vindas em alguns tempos e momentos históricos para clarear o que se passa no Brasil atual.
Para começo, devemos trazer à luz o real significado de direita e esquerda, desde quando foi usado pela primeira vez, e provar que, essa dicotomia foi criada apenas para enganar o povo.
Ao final do Século XVIII, a França vivia um momento muito turbulento política e socialmente, era de vontade do povo que o reinado absolutista de Luís XVI chegasse ao fim. Por trás disso, havia uma família que estava começando a deter o controle financeiro de alguns países na Europa, o que posteriormente os alçou como a família mais rica do planeta, com o controle dos Bancos da Inglaterra, França, Estados Unidos, Suíça, entre outros. A família em questão, globalista até as entranhas, com o forte desejo de um único governo mundial, é a família Rothschild. Não entrarei em detalhes para não precisar fornecer bibliografias estudadas, fonte de documentos comprobatórios, ou este artigo acabaria se tornando um livro.
O movimento revolucionário francês foi influenciado por essa família e organizado pelos jacobinos e girondinos. Os primeiros eram uma espécie de classe média da época, defendiam reformas sociais e se sentavam ao lado esquerdo da cadeira do Rei na Assembleia Nacional. Os segundos eram os aristocratas, as famílias mais ricas, não queriam as reformas sociais, mas tinham o mesmo desejo de encerrar o período absolutista do Rei Luís XVI e se sentavam ao lado direito do Rei. Estes, trabalharam bastante em apoio à Revolução que estava por vir, pois assim, não teriam mais a quem prestar contas, afinal, os aristocratas pagavam muitos impostos e forneciam o exército ao monarca.
Eis que em 1789 eclode a conhecida e famosa Revolução Francesa, liderada pelo líder jacobino Maximilien Robespierre. O Rei foi deposto e posteriormente decapitado. Os girondinos esperaram a poeira baixar e deram um novo golpe, agora nos jacobinos, e assumiram o poder. Esse golpe ficou conhecido como Reação Termidoriana. Posteriormente, o pequeno período da Revolução Francesa acaba com o golpe orquestrado por Napoleão Bonaparte, conhecido como o Golpe do 18 de Brumário. Este golpe consolidou o poder da aristocracia francesa. Na queda de Napoleão a Monarquia é restaurada na França com a ascensão do Rei Luís XVIII, que adotou uma política mais moderada e liberal. Só em 1848, com a queda do Rei Luís Felipe I, a França passa de fato a ser uma República. Com isso, podemos chegar à conclusão de que a Revolução Francesa foi o estopim para a queda da Monarquia, mas levou quase seis décadas para de fato a República passar a ser o regime político. O mais importante a se observar é que o conceito de direita e esquerda nasceu aqui, e a grande diferença entre eles era a posição que se sentavam na Assembleia Nacional, pois ambos queriam a cabeça do Rei. A República Francesa nasceu para substituir um Rei absolutista por uma casta de governantes absolutistas. Alguma semelhança com o que vemos no Brasil?
A segunda grande Revolução para a derrubada de uma Monarquia, foi a Revolução Comunista na Rússia. De novo temos a presença da família banqueira citada acima. Eles vinham fazendo muito pressão no Czar Romanov para que tivessem a concessão bancária do país, mas o governante foi irredutível e não aceitou. Como acima, não entrarei em muitos detalhes sobre o que levou à Revolução, pois este não é o assunto principal do artigo, apenas citarei algumas passagens. Na primeira, a Revolução Francesa, a explicação foi mais extensa, pois ela foi a geradora da dicotomia direita x esquerda. Coincidentemente, aqui também temos dois partidos, os Mencheviques e os Bolcheviques. Os primeiros queriam chegar ao poder com ideias “pacifistas”, já os segundos, defendiam a luta armada para a chegada ao poder. Novamente temos a dicotomia direita x esquerda, com o interesse em comum na derrubada da Monarquia. A diferença aqui foi que após a derrubada e assassinato de toda a família Romanov, o lado mais brando assumiu o poder, os Mencheviques, mas logo sofreram um novo golpe e Lenin, líder do Partido Bolchevique, é alçado como o grande líder Russo.
Após as duas grandes revoluções acima, tivemos as duas grandes guerras mundiais, novamente fomentadas por famílias globalistas e principalmente pela família já citada anteriormente neste texto. Qual seria o benefício destas famílias? Com um mundo destruído, alguém teria que emprestar dinheiro para a reconstrução e com isso, ganhar muito, mas muito dinheiro com os juros. Além disso, as contrapartidas para estes empréstimos, sempre estavam ligadas ao controle dos bancos locais, casas da moeda, bancos centrais, entre outros. Existem centenas de documentos oficiais de governos, livros e depoimentos que corroboram estas afirmações, mas não entrarei em detalhes pois não é o objetivo aqui.
Poucos sabem que após a Primeira Grande Guerra a Alemanha não poderia mais manter e nem investir em suas Forças Armadas. Mas após a ascensão do Partido Nazista no começo da década de 30, Stálin, o então líder da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, “assinou” um acordo com os nazistas e concedeu espaço em seu território para que eles pudessem começar a reconstruir seus tanques, aviões e se armar fortemente.
Poucos sabem que o Partido Nazista mudou apenas de nome, mas ele nasceu dentro do Partido Nacional SOCIALISTA dos TRABALHADORES alemães. Poucos sabem também, que o Fascismo de Mussolini, um regime político bem similar ao Nazismo, com a diferença de que era um projeto apenas local e não global, nasceu dentro do Partido SOCIALISTA italiano (PSI). O pai de Mussolini era ativista político, comunista, admirava Karl Marx e influenciou fortemente os ideais políticos do filho. Tudo isso pode ser encontrado em livros, artigos, documentos e documentários. Novamente explico que não entrarei em maiores detalhes, mas já estou pensando em usar este artigo como base para um livro. A intenção aqui é mostrar que os que tentam dar a conotação de direita a estes demoníacos movimentos, estão mentindo ou são ignorantes, mas prefiro acreditar no primeiro ponto, na desonestidade intelectual dessas pessoas. Mas o ponto principal é deixar claro que esquerda ou direita, pouco importa, eles faziam mútuos acordos. Durante a Segunda Grande Guerra, a Rússia mudou de lado, alegando ter sido atacada pela Alemanha (o que todos os filmes mostram), mas há uma teoria e existem alguns documentos históricos que contradizem isso e mostram que a Rússia estava minando o Exército Nazista. A Itália que lutou ao lado da Alemanha mudou de lado e os países aliados, Estados Unidos, Inglaterra, França, entre outros, se aliaram à Rússia para eliminar os nazistas. Ao fim da Guerra, Churchill queria que os aliados continuassem mais um pouco até que os soviéticos fossem contidos, prevendo o que viria a acontecer no futuro. Para quem conhece o jogo de tabuleiro War (recomendo para quem não conhece), ele nos mostra um pouco do que acontece politicamente em uma verdadeira guerra mundial. Hoje o vizinho é teu amigo porque você precisa eliminar um terceiro país, mas o seu grande objetivo sempre foi eliminar o seu vizinho e você escondeu isso dele até o último momento possível.
A Segunda Grande Guerra teve um desfecho muito pesado, um ataque com proporções catastróficas foi lançado pelos Estados Unidos contra o Japão. As bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki mostraram que o ser humano era capaz de destruir o planeta inteiro. Até para o maior globalista, com todo o seu apreço pelo dinheiro, não seria interessante que isso voltasse a acontecer, pois de nada adiantaria ter tudo e todo o poder do planeta, se não existisse mais um planeta.
Assim, as guerras voltaram a ser fomentadas localmente e se tornaram mais assertivas aos interesses escusos dos fomentadores. Quando elas chegaram ao “terceiro mundo” (termo depreciativo que abomino e que foi criado pelo francês, Alfred Sauvy), foi muito fácil cooptar líderes e convencer as populações locais. Bastava lançar campanhas contra a riqueza, falar em igualdade (algo que não existe e nunca existirá, posso explicar meu ponto em outro artigo), em “justiça social” (outro termo que não tem pé nem cabeça, pois justiça é justiça e nada tem a ver com algo social), que as pessoas ficavam (e ficam até hoje) hipnotizadas. Os líderes dos movimentos revolucionários, os encantadores de serpentes, eram escolhidos a dedo, treinados e financiados para instaurar o caos, geralmente através do regime econômico comunista. Foi assim na China de Mao Tsé Tung, no Camboja de Pol Pot, na Cuba de Fidel Castro, com alguns líderes africanos como Omar Al-Bashir. Também tivemos os golpes que utilizaram o fascismo como corrente política, como Francisco Franco na Espanha e Getúlio Vargas no Brasil.
A ideia era causar o caos social e econômico para que os mesmos de sempre pudessem vir ao socorro com seus bancos, empréstimos e controle financeiro total dos países escolhidos.
Com Getúlio Vargas chegamos ao Brasil. Voltarei algumas décadas para correlacionar os problemas atuais de nosso país com alguns acontecimentos históricos.
Nosso país foi descoberto no ano de 1500, teve sua Independência conquistada em 1822 e a Proclamação da República declarada em 1889. Encurtando a história e mostrando que ela sempre se repete, aristocratas e militares brasileiros planejaram um golpe e derrubaram o Imperador Dom Pedro II, que teve que retornar à Europa por ser banido do Brasil. Os militares estavam insatisfeitos porque exigiam aumentos salariais (mais uma prova de qual é o problema do Brasil desde o primeiro dia de República) e a elite de cafeicultores e latifundiários foram terrivelmente contra a abolição da escravatura.
Marechal Deodoro da Fonseca foi o escolhido para liderar o golpe e Proclamar a República, uma República nos moldes franceses e não americanos. Ou seja, a maior parte do quinhão iria para um governo central e depois retornaria aos estados e municípios (se sobrasse dinheiro). Nos Estados Unidos, o dinheiro fica nos municípios e sobe em pequenas proporções ao controle central. Por isso vemos um país muito parecido com o nosso em tamanho e população, mas, muito rico e desenvolvido. Nossa República foi criada para beneficiar o estamento burocrático e os amigos do rei, os aristocratas do passado que hoje são os tais campeões nacionais criados no primeiro governo Lula (empresas escolhidas a dedo para crescer). Exemplos claros são JBS, Braskem, EBX (Eike Batista), Oi, Suzano, BRF, Marfrig, Odebrecht e Lácteos Brasil. Algumas já quebraram e outras foram fortemente usadas em esquemas de corrupção locais e globais. Com o retorno de Lula ao poder, algumas destas voltaram à cena do crime junto com o seu criador.
O exército brasileiro ou as forças armadas brasileiras, estiveram ligadas em mais alguns golpes de Estado. Na década de 30 e posteriormente na década de 50 com Getúlio Vargas e em outro golpe fatal, como fora em 1889, o golpe de 1964. Na chamada Revolução de 64 (o nome já mostra o caráter da ação, ou seja, uma ação revolucionária, assim como na França, Rússia, China e nas demais já citadas), o Congresso Nacional já havia agido e derrubado o então Presidente João Goulart, porém, o Exército, liderado pelo general Castelo Branco, assume a causa e dá um golpe nos próprios congressistas. Os vinte e um ano seguintes, foram o período em que a esquerda mais se preparou para dominar o Brasil. Os militares agiam para conter possíveis atos de guerrilha e de vandalismo por parte dos comunistas, mas, por outro lado, davam todo o espaço e até o financiamento necessário para que redações de jornais, jornalistas, editoras e canais de televisão se estruturassem, doutrinassem e propagassem aos poucos a causa socialista.
É verdade que houve avanços em infraestrutura, mas o precipício econômico deixado foi terrível. Quando entregaram o país, a inflação estava completamente descontrolada, nossa moeda era hiper desvalorizada, as dívidas interna e externa eram muito altas, o caos estava instalado. Quando o general Geisel assume a Presidência da República e decide fazer uma lenta transição, o país já estava entregue intelectual e politicamente aos comunistas. General Figueiredo assume e após os últimos 6 anos de regime militar, em 1985, ele encerra a Ditadura Militar e o Congresso brasileiro volta a comandar o país. O resumo do período militar é muito simples, eles criaram um campo fértil e colaboraram para criação de uma forte ala intelectual revolucionária no Brasil.
Em 1988, o povo brasileiro comemorou, inocentemente, o que viria a ser o mais maléfico ato, que viria a facilitar o enriquecimento da elite de funcionários públicos, a casta que passaria a comandar o país, uma espécie de nova Oligarquia e que também, seria usado para amordaçar, perseguir, prender e até assassinar (como o caso do Clezão no episódio do 08/01/22) quem se colocasse contra este novo estabelishment.
A Constituição de 1988 criou esse sistema que se retroalimenta, surrupia, suga, vilipendia, afoga, deixa sem chances, deixa morrer em filas de hospital, faz questão de não deixar que um ensino de qualidade seja entregue às nossas crianças, e que mata. Uma Constituição cheia de labirintos, que pode ser subjetivamente interpretada e que de fato é. De tempos em tempos os chamados, guardiões da Constituição, são trocados e mesmo assim as interpretações de cada um deles acaba criando (inconstitucionalmente) novos entendimentos e até novas leis. Uma Constituição criada para que caciques políticos comandassem o país através de grandes cartórios, ou balcões de negócios, que conhecemos como Partidos.
Analisem com calma, quem pode se candidatar a um cargo eletivo? Qualquer um? Eu, você, a Dona Maria, o Seu João? Poderíamos nos candidatar se assim desejássemos? Poderíamos votar naquele vizinho da rua, ou do bairro, que ajuda a todos, que sempre está presente quando alguém precisa dele, em uma pessoa honestíssima? A resposta é NÃO. Primeiro, qualquer um de nós teria que se filiar a um partido político, pagar as mensalidades, participar das reuniões e internamente ser escolhido para pleitear algum cargo. Partidos que tem estatutos, mas que jamais os cumprem. Como essas escolhas são feitas? Democraticamente? Nem de brincadeira alguém pode acreditar nisso. Os líderes locais atendem à interesses de lobistas, ou atendem à interesses das lideranças regionais ou nacionais, que também atendem à interesses do lobby de algum setor, que costuram alianças para que cargos sejam indicados em um futuro governo de A, B ou C. Em resumo, os bons raramente tem alguma chance de nos representar. O SISTEMA nos oferta quem ele quer. Mesmo assim você ainda não entendeu à que veio a Constituição de 1988? Democracia? Então vamos para o ato mais representativo de uma Democracia, o voto.
Já foi explicado que só votamos em quem o sistema permite, vocês imaginam o que o sistema nos oferta para os cargos executivos? Esses candidatos estão completamente alinhados aos Partidos, acordos e conchavos (darei exemplos mais a frente *). E quando votamos para os cargos de vereador, deputado estadual / distrital e deputado federal? Aí a coisa fica pior. Se vocês fizerem uma rápida busca na Internet, perceberão que elegemos pelo nosso voto direto, apenas entre 5% e 8% dos candidatos. Praticamente 95% dos demais entram pelo quociente eleitoral, uma sacanagem política criada para que eles se mantenham no poder. O SISTEMA nunca perde.
Pós Constituição “Cidadã” de 1988, tivemos governos socialistas até 2018. Itamar Franco (assumiu após a renúncia, quase impeachment, de Fernando Collor de Melo), Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma foram os exemplos mais claros disso. Os dois primeiros com uma linha gramsciana e os segundos com a clássica linha stalinista. Antes destes tivemos Sarney e depois deles, Temer (assumiu após o impeachment de Dilma). Ambos do chamado Centrão, o centro de controle do Sistema. Aí entra a figura de Bolsonaro. Ele chegou alinhado com o discurso conservador, nomeou muitos Ministros que foram fundamentais para a estabilidade e avanço do país, outros péssimos. Fez nos dois primeiros anos de mandato, um dos melhores governos que o país já teve, mesmo com o planeta entrando em uma “pandemia”. Nesse ponto, o Ministro da Economia, Paulo Guedes, foi extremamente importante para que não colapsássemos financeiramente. O Governo Federal combateu o quanto pode a farsa do fecha tudo, da imunização na marra, do passaporte nazifascicomunista sanitário, mas foi impedido por uma jogada política da Suprema Corte. Tínhamos o Ministro Abraham Weintraub atuando fortemente na pasta de Educação (que deveria mudar de nome para Ensino), limpado a área daquela pelegada imprestável e fazendo um trabalho impecável. Tínhamos Arthur Weintraub assessorando o Presidente, Ernesto Araújo alinhando os interesses nacionais com o Ocidente, eliminando qualquer resquício de parcerias com países comunistas, com ditaduras sanguinárias. Tínhamos Ricardo Salles acabando com centenas de esquemas de ONGs no Ministério do Meio Ambiente. Mas, quem quer passar pano que me perdoe, tínhamos muitos integrantes do Centrão, tínhamos até caciques que comandam partidos integrando o Governo. Ciro Nogueira, Fábio Faria, Luiz Henrique Mandetta, Marcelo Queiroga, Flavia Arruda, Tarcísio de Freitas, Rogério Marinho e Damares Alves (nunca se aprovou tantas leis feministas como no Governo Bolsonaro e com atuação direta da Ministra e da ex primeira-Dama). Posso estar esquecendo de algum nome ou outro, mas estes são suficientes para me fazer entender. Não podemos esquecer da ala militar, os verdadeiros melancias, verdes por fora e vermelhos por dentro. Esse pessoal travou muita coisa durante os quatro anos de governo, atrapalhou muito. Como sempre, os militares envolvidos em um governo brasileiro. A maior preocupação desse pessoal sempre foi e sempre será manter o financiamento gordo das forças e garantir aposentadorias pomposas. Espero que continuem pintando bastante meio fio e que ainda batam muita continência para corruptos. Afinal de contas, entre a guerra e a desonra, escolheram a segunda opção e colhem a humilhação (ou não...).
Eis que, com algumas interferências da Suprema Corte e com a retirada das liberdades individuais promovidas por governos estaduais e municipais durante a pandemia, o povo foi às ruas, o então Presidente incitou o povo pedindo autorização para ação, as manifestações cresceram, até que a maior manifestação dos últimos tempos aconteceu na Avenida Paulista – SP, no dia 07/09/2021. Ali o povo de bem acreditou que os tempos de tirania, restrições de liberdades, perseguições, o começo das censuras, teria um fim. Foi então que, no dia 09/09/2021, dois dias após o fatídico “Eu Autorizo” do povo, dos fatídicos “Acabou, porra”, “Este Presidente não mais cumprirá ordens ilegais”, “A nossa liberdade vale mais que a nossa vida”, Michel Temer entra em jogo, apresenta uma carta de pacificação ao atual Presidente da República, eles ligam em conjunto para um Ministro da Suprema Corte, e toda aquela atmosfera e esperança, morrem.
Deste dia em diante a escalada de inconstitucionalidades, ilegalidades, perseguições, banimentos, censura, prisões e até morte (Clezão), ultrapassou todos os limites imagináveis. Lula, que estava preso em Curitiba por 580 dias, já havia sido solto. Os processos da Operação Lava-Jato estavam sendo destruídos um por um, promotores, policiais federais e juízes do caso sendo perseguidos. Advogados, promotores e magistrados de outras regiões e áreas de atuação sendo perseguidos por proferirem opiniões contrárias à Suprema Corte e seus Ministros. Deputados Federais eram ameaçados e banidos de redes sociais, um deles, Daniel Silveira, foi e continua preso até hoje. Senadores da República ameaçados, com salários e patrimônios bloqueados. Uma enormidade de jornalistas perseguidos, e até exilados. Empresários e empresas sendo prejudicadas.
A partir deste momento algo mudou. E talvez não fosse tão nítido na época, mas hoje é. O SISTEMA havia entrado em ação (se é que ele estivesse fora) e controlado a situação a seu favor. A carta assinada pelo Presidente no dia 09/09/2021 seria a pá de cal que faltava para que toda aquela expectativa criada na eleição de 2018 acabasse. Muitos permaneceram em transe por muito tempo, outros ainda permanecem, mas a realidade é que “O SISTEMA É FODA PARCEIRO”. Ele venceu. Voltando ao * que deixei marcado mais acima, hoje conseguimos juntar alguns pontos e chegar em uma análise mais correta. Quando vimos o ex-presidente, que não tinha partido durante a maior parte de seu mandato, se filiar ao PL de Valdemar da Costa Neto, deveríamos ter acordado, mas, insistimos na crença do Mito. Quando vimos Ciro Nogueira, Presidente do PP assumir uma pasta no Governo, deveríamos ter acordado, mas... quando vimos Fabio Faria, Flávia Arruda assumindo pastas, quando vimos tantos outros entrando de maneira duvidosa, deveríamos ter entendido, mas nada era pior do que o PT, do que Lula (e era isso que nos cegava?). Para quem não lembra, Ciro Nogueira e Fabio Faria fizeram parte de governos do PT, fizeram campanhas para Lula. Tarcísio de Freitas é afilhado político de Temer e esteve em governos de Lula, Dilma e do próprio Temer antes de ser indicado por, Michel Temer, para assumir a pasta de Infraestrutura. Há os que dizem, “mas ele era técnico” ... pesquisem antes de comer com farinha o briefing que chega até vocês. Valdemar foi preso no mensalão junto com José Dirceu do PT, ele fazia parte do governo Lula e participava de tudo. O mesmo Valdemar, Ciro Nogueira e Fabio Faria, tinham apelidos na Planilha de Operações Estruturadas da Odebrecht (a famosa Planilha de Propinas), em sequência, Polonês, Cerrado e Garanhão. Um dos Presidentes das casas legislativas apoiados por Bolsonaro também tinha seu apelido nessa escandalosa planilha. Rodrigo Maia, apoiado para presidir a Câmara dos Deputados era o vulgo Botafogo. Já, Davi Alcolumbre, apoiado para presidir o Senado e consequentemente o Congresso, era investigado por rachadinhas (prática que muitos acham inofensiva, mas, é ilegal e imoral). Depois ainda ocorreram os apoios à Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.
O final do mandato de Bolsonaro foi marcado por um pedido de socorro de grande parte da população brasileira. O mais triste era que a chama era mantida acesa, a esperança era alimentada com discursos, lives, e principalmente com a tropa de apoiadores brifados nas redes sociais. O tal “tic tac” chegava a ser insano. Muitos, repito, muitos, ganharam muito dinheiro enganando o povo, muitos foram indiretamente responsáveis pelas pessoas presas após o fatídico 08/01/2022 e também pela morte do Clezão. Há muitos responsáveis diretos, todos sabemos quem são. Mas a omissão, a falta de uma fala de apaziguamento, foi algo terrível.
Eis que então chegamos às eleições municipais de 2024 e quando vemos o ex-presidente e ainda “líder” de uma parte considerável da população que acreditava e mantinha suas esperanças na utopia de um Mito, apoiar Ricardo Nunes em São Paulo, apoiar Diamantino Francisco Mendes, irmão do Ministro da Suprema Corte, Gilmar Mendes, não participar ativamente na campanha de Alexandre Ramagem no Rio de Janeiro, apoiar candidatos do Partido PSD, partido de Gilberto Kassab, podemos claramente chegar a conclusão que mais uma vez, o SISTEMA venceu. Pouco importa se o ex-presidente faz ou não parte desse sistema, muitos ainda vivem em transe, o que importa são os fatos, e, contra fatos não há argumentos.
Para tentar deixar um pouco mais claro aos ainda adormecidos, Ricardo Nunes tinha em sua Secretaria Municipal a petista Marta Suplicy. Atualmente ele tem em seus quadros, os comunistas Aldo Rebelo e Ricardo Gomyde. O chefe de sua campanha é amigo íntimo de Alexandre de Moraes. Nunes foi um dos maiores carrascos da “pandemia”, fechando comércios à força, mandando prender pessoas, exigindo o passaporte nazifascicomunista e demitindo servidores que se recusavam a receber o experimento chamado de vacina.
Quem é Gilberto Kassab? Ele é o Presidente do PSD, partido do Senador e Presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco, o maior engavetador de pedidos de impeachment de Ministros da Suprema Corte da história. O PSD tem 15 Senadores, que se apoiassem os pedidos para destronar Alexandre, o rito correria sem problemas na casa. Kassab é Secretário de Governo e Relações Institucionais na gestão Tarcísio de Freitas em São Paulo. Sim, aquele Tarcísio, que muitos devem ter me xingado ao ler eu o desmascarando acima, mas ele é um dos mais fiéis cordeirinhos do SISTEMA. Também conhecido como Tarchina, o ex-ministro e atual Governador, que está entregando São Paulo à Ditadura Comunista. Ditadura essa que mantém Gulags (campos de concentração) até hoje.
Por que o ex-presidente está apoiando esses canalhas? Por que ele anda junto com Valdemar, Ciro Nogueira, Temer e Kassab? A República Federativa do Brasil é a mesma desde 1889, de golpe em golpe, a casta pública continua enganando e enriquecendo ilicitamente ao custo de muito sangue, suor e lágrimas do povo brasileiro. Enquanto o povo idolatrar bibelôs, colocar toda sua esperança em políticos, sejam eles quem forem, estaremos fadados ao insucesso, a sermos explorados, vilipendiados e a permanecer no lodo social-econômico.
Encerrando, tenho como crença a existência de três tipos de mentalidade política e moral, os conservadores, os liberais e os autoritários. Às vezes, algumas podem ser combinadas, como um conservador liberal ou um conservador autoritário. Particularmente, acredito que se há a combinação é por falta de entendimento do que se é.
Existe o lado direito e o lado esquerdo da mesma moeda?
Este é um artigo de fatos e opiniões. Leiam novamente sem preconceitos, tirem as suas conclusões. Não matem o mensageiro.
Que Deus abençoe a todos!
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