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PROGRESSISSES DUM (DES)PATRIARCADO GINOCENTRISTA

Memórias & Retalhos dum Eco Inteligente e Não Replicante

PROGRESSISSES DUM (DES)PATRIARCADO GINOCENTRISTA
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Se existe algo que se encontra sob massivo ataque, sabotagem e destruição, há décadas, nesta nossa modernidade, esse algo tem sido a primazia patriarcal.

Não é pouca coisa, acreditem-me, pois estamos a falar nada mais nada menos de uma ordem que sempre fora um dos sustentáculos da civilização e das sociedades humanas.

Já imaginaram se as árvores deixassem de ter suas funções precípuas (trocas gasosas, frutos, sombra) e passassem a ser, tão só, “uma figura de corpo presente”?

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Ou se, de um momento para o outro, num piscar de olhos, fossemos forçados a aceitar a transloucada ideia de que elas seriam rios e estes árvores?

Se as abelhas parassem de fazer o miraculoso mel e passassem a ter as nojentas afetações que as moscas patenteiam?...

Pois, então, de volta às vicissitudes humanas e ao tema em pauta, tal destrutivo processo referido em epígrafe tem sido gradativo e escalar.

E a citada primazia há muito que deixou de sê-lo.

Esvaziada, deslocada e abocanhada por todo um rolo compressor revolucionário e intervencionista, tal primarização (na qual a família é o centro das preocupações e tida como o pilar de todo um modelo e tecido social) se esvaiu (ou melhor, foi esvaída) para dar lugar à secundarização. Nesta, o valor intrínseco de todo o indivíduo em si mesmo, e em sua essência, que deveria estar concentrado, acima de tudo, na modelação e referenciação da prole em concomitância com o gerenciamento familiar nuclear, passou a estar direcionado, absorvido e sugado para a função laboral, produtiva e coletivista que, a dada altura, passou a reinar em modos absolutos e em caráter de quase exclusividade.

Numa família, pai é pai, mãe é mãe, filho é filho.

Na ordem natural das coisas, mulher é mulher; homem é homem – é que sem a união de um macho a uma fêmea, ou vice-versa, não há vida!

É elementar!

Por seu turno, para a demanda economicista e coletivista – o paradigma da sociedade moderna – o valor do indivíduo é assexuado, asanguíneo (destituído de parentesco), diluído e só se prende, e é mensurado, pelo utilitarismo e função profissional específica que, porventura, venha a exercer. Nestes hodiernos tempos, somente importa, e se leva em conta, aquilo que diga respeito à capacidade produtiva do indivíduo para gerar os resultados espectáveis nesta ou naquela determinada empresa, instituição ou serviço público.

Foi assim que, a dado momento (podendo-se estabelecer, sem medo de errar, a revolução industrial inglesa como marco inicial de tão nefasto cânone), todo o pai e mãe se viu abduzido num vórtice que o vem tragando e afastando do seu papel / esteio no seio da família, remetendo-os para zonas longínquas e inóspitas de apertencimento, cujo papel e significado é, tão só, pautado por uma transitoriedade colaborativa voraz, implacável, insaciável e inexorável.

A consequência mais danosa deste novo ordenamento a que, pomposamente, chamam de progressismo liberalista foi o abalroamento, em cheio, da educação e da formação de base dos aprendizes (filhos / filhas) que, além de claudicante, passou a ser, ainda, terceirizada (várias “cajadadas numa paulada só”).

Os frutos podem ser vistos, e estão a ser colhidos, a todo o tempo, para onde quer que olhemos, ou estejamos, nos decrépitos pomares socioculturais da admirável e vanguardista modernidade ora experienciada.

Não há muito tempo as sociedades humanas, desde que assim passaram a se organizar, assentavam no dito sistema patriarcal. O homem, em regra, mais entregue às lides intercursivas na savana humana; A mulher, em regra, mais dedicada ao gerenciamento, contenção e acolhimento entre muros.

Não está aqui em causa uma discussão em torno do mérito de tal organização e alicerces, mas uma análise das consequências que advieram do seu desmantelamento e ruína...

É notório e ululante constatar que os relacionamentos interpessoais e afetivos, a irritabilidade feminina epidêmica, sua masculinização em contraposição à afeminilização masculina, e a criação / educação das crianças de hoje (que serão os adultos de amanhã) têm sido, drasticamente, afetados por toda uma agenda e pauta que tem tudo de ideológica e nada de agregadora, efetiva, pertinente ou benfazeja. Quererei com isto dizer que, diuturnamente (e perscrutando a fundo o que vivenciamos), todos esses “ismos & linguajares” que têm sido trazidos ao debate público, replicados por legiões e massas de papagaios de pirata, não passam de manobras diversionistas, subversivas e de inversão da ordem natural das coisas matutadas e coordenadas pelos senhores por detrás de panos e cortinas.

Vivemos tempos ginocêntricos e ginonormativistas ou não vivemos?

É fato ou estarei em processo delirante e alucinatório?

Mas continua-se a falar, ruidosamente, de machismo, feminismo, igualitarismo, feminicídio aqui, feminicídio acolá como se não houvesse, também, homens a serem assassinados por mulheres ou a mando destas...

Um mantra que, cada vez mais, e este sim, vem assumindo contornos de “ismo”. Um “ismo”, aliás, que passou a jogar-se não só ao nível da questão do papel social do homem e da mulher, mas, também, do exasperante ruído em torno do gênero, da orientação sexual, da cor de pele, etnia, raça ou proveniência.

Estaremos a chegar num insano ponto (em projeção hiperbólica na exasperada tentativa de fazer-se luz e do discernimento poder vir a ser resgatado) no qual todo o pai, homem que se preze, heterossexual e de pele branca virá a se sentir compelido a pedir desculpas, por, simplesmente, existir e por assim sê-lo...

 Ginocentrismo e Ginonormativismo vieram decretar, então, que o conforto, a segurança e o bem-estar das mulheres deverá ser o centro das preocupações sociais e políticas de todo o estamento que se preze, e que toda a sociedade deverá ser estruturada em prol do serviço objetivo de tais interesses e demandas.

De forma mais enfática e extremista preconizam prioridade hierárquica da mulher dentro da cultura e da sociedade em relação ao homem, homem, esse, que deverá, inclusive, adotar o sistema de valores femininos, e sua sororidade, como componente autêntica e legítima de sua personalidade – é mole!?

Quem vive o dia a dia, a realidade crua e dura, e a experiência de um comum mortal percebe, sim, e não terá a mínima dúvida, de que o ser-se mulher está na crista da onda.

Mas tudo tem um preço…

E o buraco é bem mais embaixo...

A questão falaciosa da igualdade entre homens e mulheres é só mais um dos problemas artificialmente criados por uns poucos para, estes mesmos (não as mulheres) lucrarem, em amplo espectro, lá na frente.

Não vos falo só na vertente economicista da questão, pois que tal seria matéria para uma outra análise. Mas, ainda assim, não há como não lançar algumas provocativas indagações:

O que seria do mercado e da perpetuação do fetiche mercantilista sem a ativa participação e contribuição das mulheres em tal processo e mecanismo?

O que seria do consumo – esse tirano –, e da projeção do mesmo, sem as mulheres alavancadas, incrementadas, incentivadas, turbinadas e empoderadas?

Neste dito mundo civilizado, desenvolvido, moderno, progressista e liberal (eufemismo de libertinagem) faltará, hoje em dia, algum direito à mulher que esteja consagrado somente ao homem?

Mas vide como o paradoxo é uma das palavras que melhor define a existência humana. O que se percebe, claramente, é que as mulheres ainda que na vanguarda como nunca estiveram, paradoxalmente, apresentam-se cada vez menos afeminadas, delicadas, maternais – perdendo, pois, toda a sua mais pregnante e pujante essência – e mais, muito mais enfezadas como nunca o foram, estiveram e/ou se sentiram...

Nós, homens e mulheres, não somos, somente, diferentes e complementares na fisionomia e na morfologia.

Nós somos distintos em tudo e é por isso que nos completamos em observância a uma incontornabilidade natural, vital e criacionista.

Tal complementaridade só ocorre, paradoxalmente (lá está), porque somos diferentes.

Assim sendo, a maldição da mulher moderna – uma de entre tantas realidades dirigidas e formatadas por quem detém as rédeas e o controle civilizacional –, não é que lhe seja negado ser igual ao homem nas mais diversas valências e domínios, mas o de se ter tornado igual demais para que lhe reste qualquer diferença...

Apenas quem nunca experimentou todos os temores seculares de um jovem apaixonado (homem) diante da mera presença de um desses seres ideados (mulheres), pode sequer imaginar alguma coisa tão estapafúrdia quanto o discurso retórico de uma eterna, generalizada e orquestrada opressão masculina à margem dum contexto, especificamente, cultural / geolocalizado, passional e / ou duma qualquer e particular enciumada cisma.

Os homens podem até dominar a ágora e os affairs humanos - mas quem domina os homens senão as mulheres?

Excluindo, obviamente, as atrozes exceções que sempre existiram, existem e existirão o nobre ideal da deferência masculina à mulher sempre foi duma total força ordenadora na alma do homem que durante milênios o tem lançado em milhares de campos de batalha, enfrentado o vale sombrio da morte, todas as árduas e incríveis dificuldades da vida, que o tem feito construir monumentos gigantescos, dobrar oceanos, criar todo o tipo de engenhocas, artes e técnicas, enfrentar as feras mais selvagens e os perigos mais desconhecidos, e de se superar em relação a tudo o que se predispõe fazer para, no fim, erguer uma civilização com ela, por ela e em volta dessa idealização atrativa, afetiva, amorosa, conjugal, procriativa e maternal que toda a mulher encerra e representa.

É, pois, e , em torno da união de um homem e de uma mulher que os demais atos em sociedade se cristalizam.

União divina donde uma família brota e se perpetua, que as relações se constituem e que a comunidade subsiste.

Ela (a união entre homem e mulher) só se tem esfacelado e sucumbido, assim como tudo o resto, à dimensão maléfica desmedida e indominável de uma minoria diabólica que adora ver o circo da maioria hipnotizada pegar fogo: em seus nababescos seios a família mais tradicional e patriarcal que possa haver; fora e à margem deles a maior segregação, apartamento, aberração, autofagia e destruição possível...

O ideal indesejável e indigno que, às tantas, se instalou nesta nossa sempre babélica e babilônica sociedade decadente – a de tratar as mulheres como cópias grotescas de um homem, bajulá-las em qualquer cubículo empresarial / funcional, mas achincalhá-las em qualquer mister de índole familiar –, foi o de sabotar sua beleza encantadora enquanto mulher, em prol da destruição da sua essência.

Eis aí a suprema vilania contra si!

Eis aí a verdadeira misoginia!

A mulher, do ponto de vista masculino, e da perspectiva de como o signatário a vê, é, por si só, um templo sagrado, um ente de fascínio e misticidade que, naturalmente, e a qualquer custo, requer permanente proteção e cuidado prioritário.

Ao se inverter este valor basilar e natural num igualitarismo artificial, rasteiro e lawfarizado a sociedade esfarelada vem vindo a promover toda uma série de cenas, situações e comportamentos por demais grotescos e bisonhos.

Quando uma mulher solta a seguinte pérola: “não quero um homem que cuide mim, mas que me trate de igual para igual” estará a cometer dois equívocos crassos: as duas coisas não são auto-excludentes, são cumulativas; e o projetar de um desejo de se relacionar com uma gêmea univitelina, não com um homem…

 

                                                                                                                                                                                              Eco

 

Fonte/Créditos: Juntando as peças com intelecto, cognição e lucidez impoluta

Comentários:

Marco Paulo Silva

Publicado por:

Marco Paulo Silva

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