O ex-diretor de humor da TV Globo, Marcius Melhem, foi alvo de um pedido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) para que a Justiça arquivasse um procedimento investigatório criminal (PIC) contra ele.
Melhem usou vídeos para se defender
Nas gravações, Melhem se defendia das alegações de “assédio sexual” que elas apresentaram à justiça. Tais alegações, no entanto, o tornaram réu. O MP estava interessado em verificar se os posts de Melhem sobre o caso incluíam, inicialmente, comentários públicos embaraçosos.
O propósito era descobrir se os conteúdos também tentavam diminuir a credibilidade de vítimas e testemunhas, gerando expressões de ódio nas mídias sociais. A conclusão da promotora Fabíola Lovis foi que o ex-diretor postou apenas em sua própria defesa. Em sua solicitação para arquivamento, ela juntou um laudo técnico do Ministério Público sobre os vídeos.
“A análise técnica apontou que o discurso das vítimas é sugestivo de ‘combinação’, apresentando, ainda, muitas contradições”, diz a promotora sobre as mulheres que denunciam Melhem.
Ela afirma que o laudo técnico destaca o uso de um discurso em que “todas mencionam estar sofrendo de ansiedade, insônia, depressão, vergonha e que foram prejudicadas na vida profissional, sugerindo um direcionamento orientado”.
Réu Limitou-se a Responder Acusações, Afirma Ministério Público
No seu despacho, Fabiola trata da questão temporal. Ela esclarece que as publicações do ex-diretor claramente mostram uma reação focada nas acusações depois que ele foi mencionado “em várias matérias e entrevistas”.
Sobre as postagens, a promotora afirma: “Têm cunho eminentemente defensivo de interesse legítimo, visando rebatê-las, podendo caracterizar a excludente de legítima defesa”.
Fabiola Lovis menciona que Melhem afirmou ter realizado as postagens por falta de espaço na mídia para se defender. As informações são da Revista Oeste.
Créditos (Imagem de capa): Reprodução
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