O pacote econômico anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, gerou revolta ao incluir medidas polêmicas, como a retirada da isenção tributária para portadores de doenças terminais. A promessa de um “corte robusto de gastos”, feita pelo governo Lula (PT), deu lugar a mais um conjunto de aumentos na carga tributária, decepcionando quem aguardava alívio fiscal desde a posse do presidente.
Promessas de Isenção Só em Ano Eleitoral
A prometida isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil mensais foi adiada para 2026, ano das próximas eleições presidenciais. Enquanto isso, o governo alega que a medida será compensada pela taxação de rendimentos acima de R$ 50 mil mensais, uma justificativa que vem sendo amplamente questionada.
O investidor Pedro Cerize criticou a viabilidade da proposta, apontando que o número de brasileiros nessa faixa de renda é pequeno e insuficiente para gerar a arrecadação necessária:
“Mesmo que a alíquota fosse de 100%, a receita seria irrisória,” afirmou Cerize.
Um Pacote de Mais Impostos, Poucos Cortes
Em vez de apresentar um plano para redução de despesas, o governo retirou da gaveta antigas propostas da Receita Federal, com foco em ampliar a carga tributária sobre quem já paga altos impostos. Não foram anunciadas medidas concretas para cortes de gastos, reforçando a percepção de que a prioridade continua sendo o aumento de arrecadação para sustentar despesas crescentes.
Um Impacto Negativo
As medidas anunciadas por Haddad foram vistas como insensíveis e geraram desânimo entre economistas e investidores. A retirada da isenção para doentes terminais, em particular, foi classificada como “cruel” por opositores.
Além disso, a falta de cortes de gastos expõe a dificuldade do governo em demonstrar compromisso com a responsabilidade fiscal, reforçando críticas de que o pacote é apenas uma tentativa de mascarar a necessidade de arrecadação sem solucionar problemas estruturais.
O Desafio de Reconquistar a Confiança
A ausência de uma estratégia clara para conter despesas excessivas e as escolhas impopulares no pacote fiscal colocam o governo sob pressão. Economistas alertam que, sem medidas reais de ajuste, o Brasil pode enfrentar um cenário de instabilidade econômica, com impactos prolongados para a população e para a credibilidade do governo.
Fonte/Créditos: Contra Fatos
Créditos (Imagem de capa): Reprodução
Comentários: