Uma assistente administrativa de 28 anos, moradora de Yonkers, Nova York (EUA), vive um drama emocional após abortar sua filha de quase 20 semanas de gestação com base em um teste de paternidade incorreto. A mulher decidiu interromper a gravidez após receber o resultado de que o bebê não era do noivo — com quem havia reatado recentemente —, mas meses depois foi informada de que o exame estava errado.
“Minha filha teria nascido no dia 17 de abril”, lamentou em entrevista ao New York Post. A americana levou o caso à Justiça após ser contatada pelo laboratório com a correção do resultado, quatro meses após o aborto.
Um relacionamento interrompido e a dúvida sobre a paternidade
O casal tentava engravidar há algum tempo, mas o estresse causado pelas tentativas sem sucesso contribuiu para o fim temporário do relacionamento. Durante o rompimento, a mulher se envolveu em uma única relação sexual com outro homem, usando preservativo.
Três semanas depois, ela reatou com o noivo. Em agosto, descobriu que estava grávida. Apesar de acreditar firmemente que o bebê era do noivo, decidiu fazer um teste de paternidade discreto para ter certeza.
Teste em laboratório renomado aponta paternidade errada
Para isso, ela procurou o DNA Diagnostics Center, laboratório conhecido por realizar mais de 20 milhões de testes com validade legal. A coleta de amostras ocorreu no Winn Health Labs, no Bronx — uma filial que operava nos fundos de um salão de beleza.
Aborto e revelação tardia do erro
A americana estava próxima do limite legal de 24 semanas para o aborto em Nova York. O casal optou por seguir com a interrupção. “Ele simplesmente chorou”, contou. “Perguntou: ‘Por que fez o chá revelação?’ Eu respondi: ‘Porque eu tinha certeza de que era sua’.”
O relacionamento sobreviveu por mais alguns meses. No entanto, no Dia dos Namorados, em 14 de fevereiro, o laboratório entrou novamente em contato. Houve um erro de tecnologia da informação (TI), explicaram. O verdadeiro pai da criança era, de fato, o noivo.
Devastados pela descoberta, os dois encerraram o relacionamento no mês seguinte. O caso foi levado ao Tribunal Federal de Manhattan. O valor da indenização solicitada ainda não foi divulgado.
Erro e responsabilidade: perguntas sem respostas
O Winn Health Labs não se pronunciou sobre o caso até o momento. Segundo o advogado da vítima, Craig Phemister, a cliente ainda não sabe como o erro ocorreu. Ele questiona a demora do laboratório: “Por que demoraram quatro meses para corrigir um erro tão grave?”.
“As pessoas tomam decisões de vida com base nesses testes. Isso não pode acontecer”, acrescentou o advogado, que agora busca reparação judicial pelos danos emocionais e físicos causados.
Fonte/Créditos: Contra Fatos
Créditos (Imagem de capa): Divulgação
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