Nataly Hellen Martins Pereira, de 25 anos, alegou em interrogatório que pretendia ficar com a bebê recém-nascida de Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, e pediu desculpas após ter estrangulado a jovem. A menor foi encontrada enterrada em uma cova rasa em Cuiabá, na quinta-feira (13).
Segundo a ré confessa, após dar um mata leão, e ter cortado a barriga para retirar a bebê, ela acordou Emilly do desmaio para lhe dar um recado.
“Eu vi que ela estava sofrendo, acordei ela com tapas no rosto para pedir desculpas e avisar que eu iria cuidar da bebê. Depois eu enforquei ela com um fio e coloquei uma sacola porque estava demorando morrer”, disse em depoimento.
O corpo de Emilly foi encontrado enterrado no quintal de uma residência no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, na manhã desta quinta-feira (13). O caso foi descoberto após Nataly ser encaminhada para a Central de Flagrantes ao levar uma recém-nascida para o Hospital e Maternidade Santa Helena, em Cuiabá, na quarta-feira (12), para tentar registrá-la.
Informações do Núcleo de Pessoas Desaparecidas apontam que a mulher foi até a unidade médica acompanhada do marido e alegou que havia realizado o parto em casa. Desconfiados, a equipe médica realizou uma consulta médica, onde foi verificado que a suposta mãe não estava no período do puerpério.
Morte Cruel
Em coletiva à imprensa nesta sexta-feira (14), o delegado Caio Albuquerque contou que Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, disse que cometeu o crime porque queria ficar com o bebê depois de ter sofrido dois abortos seguidos e disse que agiu sozinha, inocentando o marido e outros dois homens que também tinham sido presos.
De acordo com o perito Jacques Trevizan, Emilly foi encontrada com lesões em "forma de T" no abdômen e ainda estava viva quando o bebê foi retirado. Sacolas plásticas foram usadas para abafar os gritos e Emilly morreu pela perda de sangue e não por falta de ar como havia sido cogitado inicialmente.
Segundo a Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, quem fez os cortes apresentava o domínio das técnicas de corte. Nas redes sociais, Nataly diz ser bombeira civil e socorrista.
"O corte foi muito preciso e ela não hesitou, inclusive preservando camadas. Foi certeira no útero", explicou.
Os outros três filhos de Nataly também devem passar por exames de DNA para identificar se são realmente filhos biológicos da acusada.
va registrar a criança no Hospital e Maternidade Santa Helena. Porém, após realizar um exame, foi constatado que ela não estava gestante.
Na quinta-feira, mais dois homens que chegaram a ser detidos também foram liberados após prestar depoimento.
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