Nas páginas 85 e 86 do livro Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, é possível acompanhar o momento quando Eunice Paiva, interpretada no filme homônimo ao livro por Fernanda Torres, paga para que a namorada do filho, no caso o autor, faça um aborto.
O ano era 1979, Marcelo tinha 19 anos e era aluno da Universidade Estadual de Campinas (SP), e sua namorada tinha 18 anos e engravidou.
Como o casal não tinha recursos financeiros, sendo ele ainda bancado pela mãe, Eunice teria levado a jovem até uma clínica no Itaim Bibi, região nobre da capital paulista, para interromper a gestação.
Marcelo conta que a mãe, ao saber da gravidez, “não deu lição de moral” e agiu com a razão para resolver a questão do jovem casal.
– Deu o dinheiro [para o aborto], apoio e ainda exigiu o melhor – conta ele no livro que inspirou o filme vencedor do Oscar como Melhor Filme Internacional.
– Minha mãe era assim: não me deu dura por engravidar a namorada, me deu uma força para resolver o problema – diz o autor ainda falando da história do aborto.
O livro também conta que a namorada de Marcelo escolheu o aborto por sucção que era o mais caro da clínica.
Créditos (Imagem de capa): Eunice Paiva Foto: Wikimedia
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