Desde 2021, o Brasil descartou R$ 1,4 bilhão em vacinas contra a Covid-19, representando mais de 39 milhões de doses que venceram sem serem utilizadas e precisaram ser incineradas.
A revelação sobre o fim da validade dessas doses foi feita inicialmente pelo jornal ‘Folha de S. Paulo’, desencadeando uma investigação da Procuradoria-Geral da República (PGR) para apurar se houve improbidade administrativa.
A incineração de insumos médicos ganhou destaque na mídia, levantando questionamentos sobre a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O portal de notícias G1, da Globo, divulgou uma reportagem nesta sexta-feira (22), com uma manchete que aponta: ‘Vacinas deixadas por Bolsonaro quase sem validade são queimadas; prejuízo é de mais de R$ 1 bilhão’.
Entretanto, a abordagem do G1 suscita interpretações amplas e pode levar alguns leitores a entenderem erroneamente que as vacinas foram negligenciadas propositalmente durante a gestão Bolsonaro, resultando em sua queima por proximidade do vencimento.
Na realidade, o ex-presidente adquiriu uma quantidade considerável de vacinas para atender à demanda urgente durante o surto sanitário da Covid-19 que assolava o Brasil, garantindo não apenas suprir a necessidade exata da população, mas também prevendo contingências para evitar possíveis desabastecimentos.
À época, inclusive, o governo enfrentava críticas da oposição de extrema-esquerda que tentava apontar atrasos na aquisição de vacinas, como também falta de quantidades para atender a grande necessidade de alcançar um forte esquema vacinal.
Outro ponto de destaque é o apontamento de responsabilidade das doses ao ex-presidente feita pelo G1, que, no entanto, não apresenta provas ou fundamentação sólida para respaldar essa alegação explícita na manchete. Ao contrário, o veículo fornece perspectivas de profissionais da área de saúde, sem apresentar evidências concretas que corroborem com suas opiniões.
A matéria também pontua a investigação em curso pela PGR que, por ora, ainda não tomou juízo algum, e atua para lançar luz sobre as circunstâncias que resultaram no descarte das milhões de vacinas.
Fonte/Créditos: Conexão Política
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