Na manhã de segunda-feira, 29, foi noticiado pela TeleSur, um conglomerado multiestatal da América Latina, que a contagem de votos na Venezuela atingiu 132%. O equívoco na adição aconteceu durante uma transmissão de notícias do canal, onde foram apresentados dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano.
Nas análises estatísticas, Nicolás Maduro detém 51,2% da preferência eleitoral, já o opositor Edmundo González contabiliza 44,2%. Os demais oito candidatos alcançam cada um 4,6% dos votos, totalizando 132,25%
Os resultados podem ser verificados em um vídeo postado pela própria emissora, sendo exibidos a partir dos 30 segundos.
🚨🇻🇪Venezuela: A imprensa chavista decretou que TODOS os candidatos exceto Edmundo González obtiveram 4,6% dos votos, agora o fato curioso da FRAUDE:
a somatória dos votos é de 132,2%. 🤡
A oposição Venezuelana afirmou que, na verdade, obteve em torno de 70% dos votos. pic.twitter.com/wheci8C0D4
A divulgação equivocada dos dados gerou tumulto nas redes sociais. Vários usuários compartilharam partes do artigo da TeleSur. Eles presumem que o total de 132% é uma evidência robusta de fraude eleitoral, considerando que o CNE é dominado pelo regime chavista.
O regime de Nicolás Maduro afirma que 80% das urnas foram contabilizadas, simbolizando uma “vitória irreversível”.
A líder opositora María Corina Machado e o candidato Edmundo González Urrutia contestaram os resultados eleitorais anunciados pelo conselho eleitoral. A oposição venezuelana afirma que Urrutia foi o verdadeiro vencedor das eleições, com 70% dos votos.
“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou María Corina na madrugada desta segunda-feira.
Já ganhamos e todo mundo já sabe”, acrescentou. “Isso tem sido algo tão grande e abrumador que ganhamos em todos os cantos do país, em todas as cidades do país, em todos os Estados do país.”
Líderes contestam eleições na Venezuela; Boric e Milei não vão reconhecer ‘vitória’ de Maduro
Os líderes da Argentina, Javier Milei, e do Chile, Gabriel Boric, manifestaram que não aceitam o desfecho das eleições. A ausência de transparência foi motivo de crítica por parte de outros líderes. O Brasil ainda não emitiu nenhuma declaração. Maduro conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o recebeu em maio do ano anterior, com todas as honrarias destinadas a um chefe de Estado.
Ditador Maduro, fora! Os venezuelanos decidiram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados apontam uma vitória acachapante da oposição, e o mundo espera o reconhecimento dessa derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte. A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular desta vez”, afirmou Milei.
O ministro das Relações Exteriores do Peru, Javier González-Olaechea, disse que “o Peru não aceitará a violação da vontade popular do povo venezuelano”. “Condeno em todos os seus extremos a soma de irregularidades com intenção de fraude por parte do governo da Venezuela.” As informações são da Revista Oeste.
Fonte/Créditos: Contra Fatos
Créditos (Imagem de capa): Reprodução
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