O deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), em entrevista ao programa Opinião no Ar, exibido pela RedeTV!, nesta segunda-feira (9), admitiu que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto verificável tem poucas chances de ser aprovada no plenário da Câmara.
De acordo com o parlamentar, que foi o relator do projeto rejeitado pela comissão especial, o texto pode ser analisado ainda nesta semana, provavelmente a partir de quinta-feira 12.
Barros compartilha da mesma opinião do presidente Jair Bolsonaro, que nesta manhã descartou a aprovação do texto pela câmara.
“A expectativa do presidente infelizmente é a mesma que a minha. Se não houver convencimento dos parlamentares e pressão popular, eu temo que a proposta seja rejeitada no plenário, ainda mais considerando a pressão que os ministros do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e do STF [Supremo Tribunal Federal] têm feito sobre as lideranças partidárias”, afirmou.
Falta de diálogo
No decorrer da entrevista, Barros criticou a falta de disponibilidade do TSE para debater o assunto com o Congresso. Conforme o deputado, o tribunal “se fechou” e não aceitou o diálogo em nenhum momento.
“No início dos debates, eu tentei estabelecer um diálogo com o TSE por inúmeras vezes. Disse que seria de extrema importância a participação do TSE nesse debate”, afirmou Barros. “Contudo, o TSE se fechou em uma posição completamente contrária, não estabeleceu qualquer diálogo com o Parlamento em nenhum momento.”
Respeito ao resultado
Também nesta segunda, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou ter recebido a garantia de Bolsonaro de que aceitaria o resultado da votação da PEC no plenário.
“Ele me garantiu que respeitaria o resultado do plenário. Eu confio na palavra do presidente da República ao presidente da Câmara”, disse Lira.
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