Na cerimônia de posse em 20 de janeiro, o presidente Donald Trump mencionou William McKinley, o 25º presidente dos Estados Unidos, ao propor renomear o Monte Denali, no Alasca, para Monte McKinley, em sua homenagem. McKinley é lembrado como um líder central no período de transição econômica e expansão territorial dos Estados Unidos.
A Trajetória de William McKinley
William McKinley nasceu em 29 de janeiro de 1843, em Niles, Ohio, e iniciou sua carreira pública após servir como soldado na Guerra Civil Americana. Ele ingressou na política pelo Partido Republicano e ascendeu ao posto de presidente em 1897, conduzindo o país até sua morte em 1901. Seu mandato foi marcado por significativas transformações econômicas, políticas e territoriais.
Políticas Econômicas e Industriais
McKinley ficou conhecido por promover políticas econômicas protecionistas, como a Tarifa Dingley, de 1897, que elevou os impostos de importação a níveis recordes. Essa medida visava proteger a indústria americana da concorrência estrangeira, promovendo o crescimento interno, mas gerou controvérsias por aumentar os preços para consumidores.
Outro marco de seu governo foi a consolidação do padrão-ouro, oficializado pela Lei do Padrão-Ouro de 1900. Essa política fortaleceu a confiança na moeda americana ao vinculá-la exclusivamente às reservas de ouro, estabilizando a economia e atraindo investidores. Contudo, enfrentou resistência de agricultores e trabalhadores, que preferiam a inclusão da prata para aumentar a circulação de dinheiro.
Expansão Territorial e Imperialismo
O governo McKinley também ficou associado à expansão imperialista dos Estados Unidos. A Guerra Hispano-Americana, em 1898, foi um evento decisivo de seu mandato. O conflito resultou na derrota da Espanha e na anexação de importantes territórios, como Porto Rico, Guam e Filipinas. Além disso, os Estados Unidos consolidaram seu controle sobre Cuba, embora o país tenha se tornado nominalmente independente.
Esse período foi crucial para o fortalecimento da presença dos Estados Unidos como uma potência global, marcando uma nova fase na política externa americana.
O Assassinato de McKinley
Em 6 de setembro de 1901, McKinley foi baleado por Leon Czolgosz, um anarquista que o via como símbolo da opressão e desigualdade. O ataque ocorreu durante uma recepção no Temple of Music, em Buffalo, Nova York. Uma das balas atingiu seu abdômen e, apesar das tentativas de salvá-lo, ele faleceu em 14 de setembro de 1901, devido a complicações de gangrena.
O assassinato de McKinley gerou grande comoção nacional e trouxe Theodore Roosevelt, então vice-presidente, à presidência. O episódio reforçou debates sobre segurança presidencial e as tensões sociais da época, evidenciando o impacto do anarquismo e das crises econômicas na radicalização política.
O Legado de McKinley
O legado de McKinley é complexo. Ele é lembrado como um defensor do progresso industrial e do fortalecimento da economia americana, mas também como um símbolo de políticas que ampliaram desigualdades e alimentaram o descontentamento de setores marginalizados. Sua liderança durante um período de mudanças estruturais consolidou os Estados Unidos como uma potência emergente, deixando marcas profundas na história do país.
Fonte/Créditos: Revista Oeste
Créditos (Imagem de capa): Wikipedia
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