A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro afirmou, nesta quarta-feira, 22, que vai entrar com um pedido de habeas corpus para libertar seu cliente, sob o argumento de que as suspeitas para justificar a prisão de Ribeiro não são contemporâneas, informa o jornal a Folha de S.Paulo.
“Vamos entrar com pedido de habeas corpus visando ao reconhecimento da coação ilegal imposta, especialmente porque os fatos são pretéritos e sem contemporaneidade. Não se poderia decretar a medida excepcional”, informa nota assinada pelo advogado Daniel Bialski.
O ex-ministro foi preso preventivamente em Santos (SP) em meio à Operação Acesso Pago, conduzida pela Polícia Federal. Ribeiro é investigado por suposto favorecimento aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura em esquema de liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para prefeituras.
A Justiça Federal expediu mandado de prisão preventiva contra Ribeiro pelos crimes de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. A decisão é assinada pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara do Distrito Federal.
Escândalo envolvendo Milton Ribeiro
O inquérito contra o ex-ministro e outros envolvidos foi aberto depois do vazamento de áudios, em março, em que Ribeiro afirmava que repassava verbas a municípios indicados por Gilmar Santos, supostamente a pedido de Bolsonaro.
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