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Cuba endurece repressão e multiplica prisões em meio a novo apagão

Organizações de direitos humanos relataram prisões e convocações de cidadãos a delegacias por participarem de manifestações

Cuba endurece repressão e multiplica prisões em meio a novo apagão
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No sábado, 9, o Ministério Público de Cuba declarou que deteve um número não especificado de indivíduos por “perturbação da ordem” durante o blackout de quase dois dias provocado pelo furacão Rafael.

Segundo comunicado divulgado no site do MP, “processos criminais estão tramitando devido a crimes de ataques, desordem pública e danos”. O órgão cubano cita detenções em Havana, Mayabeque e Ciego de Avila, mas não especifica o número de pessoas presas nem detalha os incidentes. 

Entidades de “direitos humanos” reportaram que cidadãos foram presos e chamados a se apresentarem em delegacias por se envolverem em manifestações.

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A maioria da população de Havana teve seu serviço de distribuição de energia restabelecido apenas na noite de sábado. Mesmo quatro dias após o furacão atingir o oeste da ilha, diversas áreas da capital e da província vizinha de Artemisa continuam sem eletricidade.

Protestos em Cuba contra apagão 

A crise elétrica em Cuba se agravou ainda mais após a passagem de furacões. No final de semana do dia 20 de outubro, a escassez de eletricidade, água e alimentos levou milhares de habitantes a protestarem nas ruas.

A usina termoelétrica Antonio Guiteras, a mais crucial do país, falhou e deixou milhões de cubanos sem eletricidade. A situação foi agravada pelos furacões Oscar e Rafael que trouxeram ventos fortes e chuvas.

Em meio aos protestos, o governo de Cuba tentou desviar o foco, responsabilizando os Estados Unidos por instigar as manifestações. O presidente Miguel Díaz-Canel atribuiu a culpa aos “inimigos da Revolução” nos EUA, alegando que dissidentes cubanos estariam encorajando os atos.

Apagões que geram “consciência” 

O ditador Miguel Díaz-Canel já afirmou que os apagões que os habitantes da ilha sofrem durante mais de um dia inteiro podem servir para criar “consciência”, elevando a “qualidade de vida”. As declarações foram transmitidas durante um podcast intitulado “O que está acontecendo com a eletricidade em Cuba?” 

“Aqui não há apagões que incomodem ninguém. Todos os nossos esforços, todos os nossos sentimentos são para garantir que haja qualidade de vida”, disse Díaz-Canel durante um programa transmitido no canal de YouTube da presidência cubana. 

 

Fonte/Créditos: Contra Fatos

Créditos (Imagem de capa): Reprodução

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