As vésperas da definição das chapas junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a aliança entre Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Socialista Brasileiro (PSB) no Rio de Janeiro balança no Rio de Janeiro em razão da falta de consenso sobre o nome ao Senado.
O PT apoia a campanha de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro, mas gostaria de contar com André Ceciliano para a disputa fluminense pelo Senado, sem rivalidade entre as siglas parceiras. Entretanto, o deputado federal Alessandro Molon (PSB) é pré-candidato ao senado. Assim, a escolha sobre o nome de consenso da aliança vai ficar para hoje, sexta-feira (5).
Apesar de Molon despontar como uma opção mais competitiva, com base em pesquisas de intenção de voto recentemente divulgadas, o PT não abre mão do posto com Ceciliano. Inicialmente, o partido havia programado anunciar a decisão para esta quinta-feira (4), mas o impasse atrasou a definição em um dia.
“Esta coligação nacional orienta nossas alianças regionais, por isso reafirmamos a nossa disposição de construir um grande palanque no Estado do Rio de Janeiro, com Marcelo Freixo governador e André Ceciliano senador, dando unidade e potência ao nosso campo político”, manifestou o PT, em nota assinada por Gleisi Hoffmann, presidente do partido.
“Esperamos que na sexta-feira, prazo final para a realização de convenções partidárias, a direção do PSB confirme o cumprimento do acordo político em torno dessa unidade.”
A cúpula nacional do PSB trabalha para tentar contornar a situação, de modo a preservar a aliança no Estado, considerada fundamental para as chances de Freixo na disputa pelo governo.
O desespero é tão grande do deputado federal Alessandro Molon (PSB), que usou uma publicação nas redes sociais para pedir o apoio da cantora Anitta à sua candidatura ao Senado pelo Rio. A artista respondeu seu pedindo e acenando um apoio ao deputado.
Você apoia minha pré-candidatura, @Anitta? https://t.co/uAKgA6jRtx
— Alessandro Molon 🇧🇷 (@alessandromolon) August 3, 2022
Após a decisão do PT, Molon voltou a reafirmar que não cogita sair da disputa e a garantir que jamais fez um acordo que impedisse o PSB de ter candidatos a governador e a senador e cobrou "bom senso" do PT.
“Nossa pré-candidatura já tem o apoio de quatro partidos – PSB, PSOL, Rede e Cidadania. Mais uma vez reafirmo: não fiz e não participei de qualquer acordo para ceder ao PT a vaga para o Senado. Temos o dever de derrotar o bolsonarismo no Rio. Isso é o mais importante e é em torno disso que a unidade do campo democrático deve ser construída. Não podemos repetir os erros do passado. O momento gravíssimo que o Rio de Janeiro enfrenta exige bom senso e responsabilidade.”
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