A Polícia Civil encontrou no celular de Maicol Sales dos Santos, suspeito de envolvimento na morte da adolescente Vitória Regina de Souza, uma busca na internet por “como limpar a cena do crime”. Além disso, ele teria enviado uma mensagem que pode ter ligação com o assassinato.
A mensagem enviada pelo celular de Maicol dizia “fui filmado, deu ruim”, conforme apuração do Balanço Geral, da Record TV. Na última terça-feira (11), ele teria dito à polícia que pretende revelar tudo que sabe sobre o caso e que “não agiu sozinho”.
O advogado do suspeito, José Almir, defende a inocência do cliente e nega o envio da mensagem, assim como a busca na internet. “Se alguém fez, não foi ele”, declarou à Record. Almir afirmou que busca contestar a perícia do aparelho e reverter a prisão do cliente.
Até o momento, apenas Maicol foi preso por envolvimento no crime. Ele é o proprietário do veículo encontrado próximo ao local do desaparecimento de Vitória. O suspeito foi preso no sábado (8) e teve a prisão mantida após audiência de custódia no domingo (9). Ele foi desmentido pela esposa em depoimento.
As investigações do caso Vitória
O carro de Maicol passou por perícia, que encontrou um fio de cabelo, o qual passará por exame de DNA. Além disso, a polícia também encontrou sangue no veículo do suspeito.
Vizinhos também relataram movimentações estranhas e gritos na casa do suspeito na noite do crime. “E não foi um só, foram vários vizinhos que fizeram seu depoimento, inclusive com ameaças dele para que mudassem sua versão”, afirmou Carmo.
Durante as buscas por Vitória, o corpo de Edna Oliveira Silva, de 65 anos, foi encontrado entre Cajamar e Jundiaí, no interior de São Paulo. Segundo as investigações, a mulher trabalhava com a família de Maicol. A polícia tenta entender a ligação entre os dois casos.
Relembre o caso Vitória
A adolescente Vitória Regina de Sousa desapareceu após deixar o shopping onde trabalhava por volta da meia-noite do dia 27 de fevereiro. Imagens de câmeras mostram a jovem caminhando pela rua até o ponto de ônibus.
Ela mandou mensagens para uma amiga dizendo ter medo de estar sendo perseguida. Testemunhas do caso Vitória afirmam que ela foi seguida por um carro com quatro rapazes após descer do ônibus.
Uma semana depois, o corpo foi encontrado nu, degolado e com o cabelo raspado em uma área de mata de difícil acesso. A adolescente foi morta com três facadas e tinha sinais de tortura. O corpo apresentava cortes por faca no tórax, no pescoço e no rosto.
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