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Axios relatou que a grande mídia se encontrou “em uma situação difícil” à luz das revelações de que a campanha de Harris estava alterando suas manchetes nos anúncios de busca do Google em favor de Kamala nas últimas semanas.

O meio de comunicação liberal também reconheceu que “a campanha de Trump não veicula esse tipo de anúncio”, mas acrescentou que “essa técnica já foi usada por campanhas antes”.

A campanha Harris tem editado manchetes e descrições nos anúncios de pesquisa do Google que fazem parecer que o Guardian, a Reuters, a CBS News e outras grandes editoras estão do seu lado, descobriu a Axios.

É uma prática comum no mundo da publicidade comercial que não viola as políticas do Google,
mas os anúncios imitam resultados de notícias reais da Pesquisa com precisão suficiente para que os meios de comunicação sejam pegos de surpresa.

Os anúncios dizem que são patrocinados, mas não fica imediatamente claro se o texto que acompanha os links de notícias reais foi escrito pelas campanhas e não pela própria publicação da mídia.

Respondendo à prática, uma fonte “familiarizada” com a campanha de Harris afirmou que a compra de anúncios de notícias tinha como objetivo “dar mais contexto aos eleitores que procuram informações”.

The Guardian, um dos meios de comunicação envolvidos na prática enganosa da campanha de Harris,
disse em comunicado que consultará o Google sobre suas práticas publicitárias.

“Embora entendamos por que uma organização pode querer se alinhar com a marca confiável do Guardian, precisamos garantir que ela esteja sendo usada de forma adequada e com nossa permissão. Entraremos em contato com o Google para obter mais informações sobre essa prática”, disse um porta-voz do Guardian.

Mas a campanha de Harris usou uma dúzia de outros editores de notícias para os anúncios de busca para reforçar a impressão de que a mídia a apoia.

Os meios de comunicação envolvidos alegaram que “não sabiam que sua marca estava sendo apresentada dessa forma”. Embora o Google insista que suas divulgações são claras o suficiente para “evitar que os eleitores sejam enganados”, Axios lamentou que as ações enganosas da campanha de Harris “poderiam deixar os meios de comunicação ainda mais vulneráveis ​​a acusações de partidarismo”, uma vez que o público já desconfia da imprensa.

A julgar pelas respostas duras de X sobre seu relatório, parece que os piores temores da Axios já se concretizaram.