O presidente Joe Biden reduziu as sentenças de aproximadamente 1.500 pessoas que foram libertadas da prisão e colocadas em prisão domiciliar durante a pandemia do coronavírus e perdoou 39 americanos condenados por crimes não violentos nesta quinta-feira (12).
A medida anunciada é o maior ato de clemência em um único dia na história moderna dos Estados Unidos. O segundo maior ato foi realizado por Barack Obama, com 330, pouco antes de deixar o cargo em 2017.
Segundo a agência de notícias Associated Press, Biden diz que irá anunciar novas medidas nas próximas semanas e continuará a analisar outras petições de clemência. Donald Trump toma posse e retorna à Casa Branca no dia 20 de janeiro.
“A América foi construída com base na promessa de possibilidades e segundas oportunidades. Como presidente, tenho o grande privilégio de conceder misericórdia às pessoas que demonstraram arrependimento e reabilitação, restaurando a oportunidade para os americanos participarem na vida quotidiana e contribuírem para as suas comunidades, e tomar medidas para eliminar as disparidades nas sentenças para criminosos não-violentos, especialmente aqueles condenados por crimes relacionados a drogas", defendeu Biden em comunicado.
Os perdoados nesta quinta incluem uma mulher que liderou equipes de resposta a emergências durante desastres naturais, um diácono de igreja que trabalhou como conselheiro de dependência e conselheiro de jovens, um estudante de doutorado em ciências biomoleculares e um veterano militar condecorado.
Biden também tem sido pressionado por grupos de defesa para perdoar amplos grupos de pessoas, incluindo aqueles que estão no corredor da morte federal, antes de a administração Trump tomar posse em janeiro.
O presidente ainda está estudando a possibilidade de conceder indultos preventivos àqueles que investigaram o esforço de Trump para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020 e que podem enfrentar possíveis retaliações quando ele assumir o cargo.
Memorando de segurança nacional
Outra medida tomada por Biden antes de deixar a Casa Branca em janeiro foi a aprovação de um novo memorando confidencial de segurança nacional sobre a crescente cooperação entre Rússia, Coreia do Norte, Irã e China.
Funcionários da administração Biden começaram a desenvolver o documento com orientações entre julho e setembro deste ano. Ele foi projetado para ser um guia que ajude o próximo governo a estruturar desde o primeiro dia sua abordagem e como lidar com os estreitamentos de relações entre os principais adversários e concorrentes dos Estados Unidos, segundo dois altos funcionários do governo ouvidos pela agência de notícias Associated Press.
Os funcionários, que falaram à AP sob condição de anonimato devido às regras estabelecidas pela Casa Branca, disseram que o memorando, confidencial, não será divulgado ao público devido à sensibilidade de algumas das conclusões obtidas.
Segundo a AP, o documento inclui quatro recomendações principais:
- Melhorar a cooperação entre as agências do governo dos EUA;
- Acelerar o compartilhamento de informações com aliados sobre os quatro adversários;
- Calibrar o uso de sanções e outras ferramentas econômicas para máxima eficácia, e
- Fortalecer a preparação para gerenciar crises simultâneas envolvendo esses adversários.
Há muitos anos os EUA estão preocupados com a cooperação entre os quatro países. Essa coordenação se intensificou após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022.
Fonte/Créditos: G1
Créditos (Imagem de capa): Foto: Manuel Balce Ceneta/AP
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