O Conselho do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas (Unicamp) aprovou uma moção de repúdio contra a presença de Lula na universidade. O ex-presidente e pré-candidato petista foi convidado a proferir uma “aula magna” na universidade nesta quinta-feira (5), no Teatro de Arena da Unicamp, às 16 horas. A iniciativa não tem respaldo da reitoria da universidade, tendo sido organizada por "entidades estudantis" e de servidores da universidade. Será um dos primeiro ato de Lula aberto ao público.
No texto divulgado pelos professores de Medicina, eles ressaltam o caráter político da ação e cobram que o mesmo convite deveria ter sido estendido também aos demais candidatos à Presidência da República. Os professores ainda mostram preocupação com o clima de acirramento do debate político, que poderia até culminar em atos de violência. “Cabe ainda alertar sobre o considerável risco de confronto entre seus apoiadores e militantes de outros espectros políticos, podendo ocasionar vítimas de traumatismos, sobrecarregando a já lotada unidade de emergência do HC/Unicamp”, diz a nota.
O evento foi organizado pela Associação de Docentes da Unicamp (Dunicamp), Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), Associação de Pós-Graduandos da Unicamp (APG) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), e tem sido chamado de “ato político cultural em defesa da democracia”. Nos cartazes de divulgação do evento, Lula é apresentado como “dos maiores sindicalistas da história deste país” e “uma das principais lideranças do movimento político e popular ‘Diretas Já’, no período da redemocratização, lutando pela retomada das eleições diretas ao cargo de presidente da República no Brasil durante a ditadura militar brasileira”.
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