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Após aumento de prisões de passageiros com cocaína no estômago, aeroporto internacional de SP reativa scanner corporal

Equipamento detecta cápsulas engolidas ainda no terminal. Número de detenções em 2024 já é o mesmo que em todo o ano passado.

Após aumento de prisões de passageiros com cocaína no estômago, aeroporto internacional de SP reativa scanner corporal
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Após o aumento de prisões de passageiros com cocaína no estômago nos últimos anos, o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, reativou este mês um scanner corporal que detecta cápsulas engolidas. As chamadas "mulas" do tráfico são aliciadas pelo crime organizado para embarcarem com a droga no estômago e transportá-las principalmente em voos para Europa.

O equipamento é capaz de identificar se o passageiro selecionado para fiscalização engoliu a droga ainda no terminal. Até então, a confirmação só era possível depois de um exame de imagem no hospital. O scanner foi adquirido pela concessionária GRU Airport, mas é operado pela Polícia Federal.

Oficialmente a concessionária nem a PF confirmam desde quando o aparelho estava desativado e os motivos pelos quais ficou fora de uso. A GloboNews apurou que ele não foi usado nos últimos cinco anos.

Com a reativação e treinamento dos agentes, durante um teste feito na noite de quarta-feira (24), uma passageira de um voo para Paris, na França, foi presa por tráfico internacional de drogas após engolir cápsulas de cocaína e tentar embarcar para o exterior. O flagrante ocorreu quando a mulher foi selecionada pela Polícia Federal para o exame.

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Essa foi a primeira prisão do ano desde que os policiais federais voltaram a usar o equipamento de scanner no maior aeroporto do Brasil.

Aumento das prisões de 'engolidos'

Nos três primeiros meses deste ano, a PF de Guarulhos registrou quase o mesmo número de prisões em todo o ano passado de passageiros que engoliram cápsulas de cocaína e tentaram embarcar pelo aeroporto internacional. No ano passado, foram 41 prisões. Entre janeiro e março deste ano, já foram 39 prisões.

As estatísticas mensais de abril não estão finalizadas, mas um levantamento feito pela GloboNews apontou que até sexta-feira (26), mais cinco pessoas também tinham sido detidas com a droga engolida.

Prisões 2024

jan: 19

fev: 6

março: 14

abril (até dia 26): 5

Segundo o chefe da delegacia da PF no Aeroporto de Guarulhos, delegado Dennis Cali, a modalidade de engolidos se intensificou nos últimos anos pela dificuldade de fiscalização. Ele cita outra estatística: na comparação de 2022 com 2023, é possível ver o aumento do número de passageiros presos, mas não o volume de droga apreendida.

"São muitas pessoas tentando embarcar com pouca quantidade de droga. Enquanto uma pessoa engole 1 quilo, 1,5 quilo de cocaína, na modalidade de droga enviada escondida em malas nós vemos mais de 20 quilos em uma única remessa".

Prisões e apreensões em geral no aeroporto

2022:

presos: 343

droga apreendida: 2,9 toneladas

2023:

presos: 406

droga apreendida: 3 toneladas

2024:

presos: 113

droga apreendida: 403 kg

Operação com scanner

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (29) uma operação com o uso do scanner corporal para abordar mais passageiros e usar o equipamento para suspeitas de droga engolida. Até o meio-dia, nove pessoas tinham sido flagradas pelo scanner e seriam levadas para o Hospital Estadual de Guarulhos escoltados pela Guarda Civil Metropolitana (GCM).

A GCM de Guarulhos dá apoio à ação para fazer a escolta dos suspeitos até o hospital, para onde são levados os passageiros para expelirem as cápsulas. Segundo a PF, quando se trata do acompanhamento de presos que engoliram cocaína, a escolta é o gargalo.

Quando um policial fica no hospital ele deixa de desempenhar outras funções na delegacia. Os militares da GLO (decreto da lei e da ordem) também não poderiam atuar na escolta porque o hospital está fora do perímetro do decreto. Então o apoio da GCM foi decisivo para conseguirmos deflagrar a operação", completou o delegado-chefe da PF em Guarulhos.

Fonte/Créditos: G1

Créditos (Imagem de capa): Reprodução

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